Bem Vindos ao Meu Caldeirão !!!

EU SOU!!!
Sou a magia elemental contida neste corpo causal
Sou forma feminina condensada em partículas de pura emoção
Sou a essência mais antiga que o próprio pensamento
Sou inspiração, que chega de leve como a brisa do verão
Sou o ar que alimenta o fogo animal da mais louca paixão
Sou rainha de mim mesma, muito além das brumas do tempo
Sou o brilho dos olhos refletido no êxtase deste olhar
Sou chuva que refresca a terra árida e sem esperança
Sou o pensamento dos sentimentos sem razão
Sou energia que ascende além da forma

Sou o vapor da água cristalina, carregada pelas nuvens do céu
Sou tudo e não sou nada, pois me achei neste exato momento!!!

Paty Witch Maeve


sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Celtas



Magia e Sabedoria


Os celtas estiveram presentes em praticamente todo o continente europeu, que possui fragmentos de sua cultura. O seu habitat inicial era o sudoeste da Alemanha, Europa ocidental e central. Com o domínio da agricultura, tecnologia na cerâmica e no bronze, ao longo de séculos, eles invadiram França, Espanha, Tchecoslováquia, sul da Alemanha, Áustria e grã- Bretanha. A sua história se estendeu por cerca de dois mil anos (de 1800 a.C. até o final do século I d.C.). A partir de 660 a.C., invadiram a Península Ibérica e, até a metade de século II a.C., expandiram-se para Ucrânia, Grécia, Ásia Menor, Gália e grande parte da Itália.
Quando se fala dos povos celtas, não se fala de um império celta, porque eles viviam em tribos independentes,; o poder era dado ao rei, escolhido pelo grupo, e que cuidava do bem-estar da sua comunidade. Quando uma tribo atingia um numero determinado de habitantes, ela se dividia. Uma parte ia pro outro lugar a fim de organ
izar uma nova aldeia, seguindo o sinal que era fornecido pelas aves totêmicas, ate chegarem às novas terras. Eles eram organizados política e socialmente em tribos independentes que, ao longo dos anos, foram se espalhando pela Europa. Não são considerado um povo com etnia homogênea, mas possuíam a mesma língua e religião, que servia como um elo entre os membros das diversas tribos, dando-lhes a característica de “Celta”.
O cotidiano celta era repleto de uma magia natural, que acontecia através da forma com que observavam o mundo. Para os celtas, os mundos físicos e espirituais eram um único mundo; não havendo separação entre o natural e o sobrenatural. Eles enalteciam o universo natural, e reconheciam seu valor e sua energia. A sua mitologia e religião estavam centralizada na figura de uma deusa , a Mãe Terra, que é a própria natureza, representando o amor, a morte a sexualidade e a fertilidade.

O celta percebia que todo homem pertence à grande teia da natureza , e que a vida é uma sucessão de novas experiências e descobertas. Alguns lugares eram considerados sagrados por possuírem uma energia especial , da mesma forma que algumas épocas do ano eram festejadas com os famosos sabás.
Pode-se dizer que a magia sempre esteve presente no cotidiano celta e podia ser praticada por qualquer um, apesar da existência dos druidas, sacerdotes organizados num clero.
O povo celta era dividido em tribos que tinham o seu rei, o seu druida, e que esse povo tinha suas crenças religiosas ligadas à natureza, à Mãe T
erra. Para o celta a mulher era especial, e muito porque era associada à Mãe Terra.
As mulheres eram vistas como aspectos vivos da criação, porque vivenciavam todos os meses com o ciclo menstrual, o processo da vida, morte e renascimento, além do poder de gerar vidas. Dergflaith era um dos nomes célticos dados a menstruação, e significava “soberania vermelha”. O vermelho representava a soberania, poder, vida. Pense então nos mantos vermelhos dos reis. A menstruação tinha conotação de sagrado, porque acreditavam que as mulheres se tornavam ancorada e enraizada nesse período. Nos períodos de menstruação, as mulheres se isolam e se dirigiam à floresta, compartilhavam seus pensamentos e refletiam sobre os problemas da tribo.
O poder feminino também pode ser representado pelo ritual religioso e mágico “hieròs-gámos” (casamento sagrado), no qual uma mulher que tinha o poder mágico representava a Deusa e concedia aos reis e heróis grandes poderes.

Dentro da sociedade celta, a mulher dominava a religião. Ela podia ser uma guerreira e podia também escolher seu parceiro. Quando ela se casava, trazia para o casamento seus bens e se fossem superior ao do marido ela se tornava o chefe do casal. Há ainda uma coisa importante de para se dizer com relação aos casamentos: não existia a concepção de união eterna e fidelidade, nem traição. No casamento, privilegiava-se o amor, ao mesmo tempo que o casamento era visto como um contrato que poderia ser rompido, pois existia o divorcio. São concepções interessantes para uma época tão distante porque na verdade a mulher celta era tudo o que a mulher hoje “briga” muito por ser.
A primeira grande lição que os celtas nos dão é a da observação e do respeito pela natureza. Levavam sempre em consideração a Roda do Ano, os elementos da natureza, os pontos cardeais, o sol, a Lua, e valorizam a energia dos elementos da natureza. A terra, o ar, o fogo e a água e etc. são representações e formas diferentes de energia, e a partir desses elementos todas as coisas são formadas. É o que chamamos de energia Elemental, q
ue vem dos elementais, seres do mundo espiritual cuja tarefa é dirigir o poder divino para as formas da natureza. As pedras eram consideradas como as energias espirituais mais antigas da Terra, e guardavam ensinamentos profundos, que eram revelados quando eram reverenciadas. Toda a Bretanha, Irlanda e Grã- Bretanha possuem pedras verticais espalhadas por diversas regiões, com tamanhos diversos.
Os celtas se relacionavam com os elementos e com seres elementais em seu cotidiano e em seus rituais de magias. A própria mitologia celta nos dá provas disso quando relata histórias nas quais os heróis se perdem no Outro Mundo, repleto de seres elementais.
A religião celta possui algumas características xamânicas, pois estava sempre em contato com a natureza e os seus espíritos. Para eles, os anima
is possuem dons especiais para a cura e sempre nos dão grandes lições de vida. Animais totêmicos representavam a tribo e serviam como proteção. O ogham, alfabeto celta utilizado pelos druidas, é conhecido como o alfabeto da árvore, no qual cada letra representa uma árvore, com energia e características específicas. Os druidas, como os xamãs, recebiam revelações por sua interação com o Outro Mundo, praticavam a adivinhação e faziam o uso do tambor, da dança e do cogumelo em seus rituais.
Podemos dizer que as raízes da Wicca estão na antiga religião celta e, por conseqüência, no druidismo. Sua essência básica é centrada na Grande Mãe, a figura do Divino feminino, mas a tradição Wicca possui uma grande carga de elementos que não faziam parte da religião celta. Esses elementos vêm da Magia Ritual, Cabala, tradições da Maçonaria e até mesmo da Golden Dawn. Existem boatos de que Crowley, famo
so ocultista do século XX, teria “encomendado” ao seu amigo Gardner a criação da Wicca para popularizar a religião Thelêmica, e sabemos que foi através das obras de Gardner que o paganismo foi ressuscitado.
O pentagrama surge como símbolo de paganismo moderno, e não é um símbolo de origem celta. Ele era usado na Mesopotâmia por volta de 3.500 a.C. e, através da cultura judaica da cabala, acabou fazendo parte dos rituais da tradição Wicca.
Para o celta, a religião e a magia eram algo muito natural, fazia parte do seu cotidiano. A Wicca embora tenha raízes celtas, é muito ritualística, especialmente hoje em dia.
Em todos os conceitos celtas encontramos grandes lições que podem nos auxiliar a viver melhor. Um de seus mais sábios conceitos é o de que o
tempo está e estará a nosso favor, nos oferecendo oportunidades que, muitas vezes, devem ser compreendidas em alguns segundos, mas que podem transformar qualquer coisa.
A filosofia de vida celta era muito simples: observar as grandes lições da Mãe-Natureza, o que é uma grande dificuldade para o homem moderno. Para eles, a vida era um eterno movimento cíclico de transformação permanente: nascemos, crescemos, morremos e renascemos. Há o momento certo para cada coisa: arar a terra, semear, colher. As estações do ano são a prova da natureza de que sempre, após um inverno rigoroso, há a chegada da primavera. Eles nos mostram que é preciso aprender a perder para ganhar depois. Cada problema ou situação difícil contém uma benção para acura e liberdade. Os celtas acreditavam que podemos, com responsabilidade e respeito, acionar os planos superiores, o Outro Mundo. Para eles, o Outro Mundo, cm sua carga de mistérios, está em noss
o interior. Toda pessoa possui dentro de si uma chama, uma fogueira tranqüila. É preciso perceber sua chama interior e ter uma ligação com a alma, mostrando que é preciso estar sempre ligado a sua própria essência.
Outra coisa importante nos ensinamentos celtas é o valor que eles davam à amizade, coisa rara nas sociedades modernas em que as pessoas sempre se esquivam das outras, por medo de serem “sugadas”. Para esse povo, uma amizade ultrapassava qualquer fronteira, qualquer plano. Existe a expressão gaélica que retrata muito o valor que davam à amizade, anan cara (amigo da alma). O conceito de amizade deu aos celtas a idéia de companheirismo, solidariedade, fidelidade, amizade profunda e especial; resumindo laços de lealdade que os unem.
Além de seus conceitos sobre a vida, o universo
mágico celta pode nos auxiliara adquirir mais equilíbrio, tranqüilidade, vigor, prosperidade, coragem, amor em nosso dia-a-dia, através de suas antigas praticas de magia com elementos da natureza. A natureza está aí: é só estar habilitado para acionar a sua energia.





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