Qual é a primeira impressão que essa frase causa? Com certeza algo relacionado à intolerância, a discriminação, etc. Posso assegurar que não é nada disso. Vou tentar nessas poucas linhas explicar o significado dessa frase.
Vamos refletir nessa simples frase do Líber Al II, 58-59:
58. Sim! Não considereis mudança: vós sereis como vós sois, & não outro. Portanto os reis da terra serão Reis para sempre: os escravos servirão. Não há ninguém que será rebaixado ou exaltado: tudo é sempre como foi. Entretanto há os meus servos disfarçados: pode ser que aquele mendigo adiante seja um Rei. Um Rei pode escolher sua vestimenta como ele quiser: não há teste seguro: mas um mendigo não pode esconder sua pobreza.
59. Cuidado, portanto! Ama a todos, pois pode ser que haja um Rei escondido! Dizes assim? Tolo! Se ele for um Rei, tu não podes machucá-lo.
Nós reconhecemos dois tipos dos povos no mundo: reis e escravos. Como novatos do trabalho na Grande Obra, naturalmente, precisamos ser REIS E MESTRES, ou buscar a maestria para que nos livremos da escravidão e da limitação. Nós não procuramos dominar ou controlar outros, mas dominar e controlar a nós mesmos, o que já é um grande feito. Os reis são aqueles que realizam e fazem sua própria vontade verdadeira, e que vivem como indivíduos livres, autogovernados e auto-suficientes, sendo eles cidadãos do mundo. Os escravos, por outro lado, ignoram sua verdadeira vontade, sendo parte da consciência coletiva e da massa de conformismo, perdida e limitada em um mundo insensível e ignorante repletos da desilusão. Os reis são poucos, escravos são muitos. Os reis são os verdadeiros empregados da Divindade, que exercitam o amor sob vontade, e unem-se com o Todo fazendo do movimento do Universo a sua própria verdadeira vontade. Os escravos são limitados a suas naturezas inferiores ou pessoais, e nem sabem a que vieram e para onde vão.
“Reis e escravos”, mas o que isso quer dizer? Todos os escravos poderiam um dia se tornar Reis? Os Reis poderiam se tornar escravos? Qual é a diferença entre um e outro e qual é o preço a se pagar? É isso que tentarei explicar para vocês neste ensaio.
Vou falar sobre os escravos - os conformistas e passivos. São aquelas pessoas que só pensam nelas mesmas, havendo um sentido de egoísmo em tudo que fazem. Que pensam em trabalhar para ganhar “apenas” o seu sustento. São pessoas que não se interessam em evoluir e nem em aprender nada. Geralmente tem medo de saber “verdades” e com isso abrirem os olhos e gerar “responsabilidade”, ou então realmente não estão preparadas para aprender nada. Jamais deixarão nada de produtivo para humanidade. Um aprendizado oculto poderia resultar num choque com suas crenças. As pessoas nem sempre estão prontas para isso, pois precisam de um deus que as julgue, conduza, castigue, proteja. Buscam receber presentes e dádivas divinas a todo instante, para isso não medem esforços em fazer toda a sorte de promessas absolutamente sem nenhum sentido. Fazem como os três macaquinhos, tampando os próprios olhos, ouvidos e bocas. São os “covardes da vida”, os omissos, os preguiçosos, os comodistas, é aquele que dá a esmola o mais rápido possível, para se ver livre dos mendigos, e nem são capazes de perceber a sua própria pobreza. Se vestir as vestes de um rei, o escravo não conseguirá esconder a sua miséria, a miséria de sua alma.
São atoleimados que adoram criar ofensas dirigidas as pessoas de bem, geralmente com termos chulos. Não há nenhuma honra em um cretinóide que ofende em público sem ter qualquer fundamento. O escravo geralmente pretende posar de intelectual, mas, sempre mostra ser um sevandija, nada mais que um biltre. E na ignorância que caracteriza os bilhostres do escravo. Tomam qualquer pessoa ser do mesmo jaez que ele. O escravo gosta de se fazer de vítima, algo como um tipo de mártir vitimado pelos desmandos dos reis, que calam as vozes dissidentes.
A segunda classe é a dos Reis. Os Reis são aqueles que querem! Eles querem saber, eles querem ousar, eles querem vencer, querem prosperar, etc. Estão em constante busca de sua Verdadeira Vontade, de sua Vontade Pessoal. Preocupam-se com suas realizações, fazem, agem, não importa a eles se terão algum reconhecimento futuro. A chave de suas vidas é: “Sem ânsia de resultados”. Sim, porque a ansiedade destrona reis, derruba os guerreiros, não nos permite ter sucesso em nossas realizações. Reconhecem as necessidades de sua coletividade e se esforçam para mudar o que precisa ser mudado e trabalhar de forma inteligente e sábia.
Sabe por que os escravos são escravos e os Reis são Reis? Simples, porque eles querem! Por que cada um deles escolheu assim, logo cada um é totalmente responsável por suas escolhas. Isso é simples de se entender, mas existem segredos nisso!
O universo é tão perfeito em sua mecânica! Pena que tão poucos conseguem ver isso. Os escravos não amargam as derrotas da vida como um Rei faria.
O Rei não sofre, porque ele gosta do que faz. O escravo querendo ou não riquezas, ele não quer ter responsabilidades e nem quer agir. Eles têm que se conformar com a miséria! É uma escolha deles. Os Reis podem ter de tudo, mas tem que cuidar de tudo, correr atrás de tudo. Eles têm que se conformar com a correria, com o constante movimento! É uma escolha deles. Os escravos têm que ser empregados dos Reis, é sua escolha. E não adianta dizer que se não houvesse escravos e pedintes, os reis estariam em maus lençóis, porque um rei não precisa ser exatamente milionário, ele sabe servir e se serve, o faz com dedicação, com prazer, diferentemente do escravo que precisa ser impulsionado para servir, pois quando faz, faz de mal gosto.
Mas, a mecânica social é ainda mais perfeita do que parece. Os reis têm uma coisa que os escravos não enxergam. É uma espécie de maldição para os escravos. Os reis sentem prazer na vida! É isso mesmo. Eles, por exemplo, chegam muito cansados do serviço e com um simples prato de comida, sentem um prazer (energia) que os escravos JAMAIS sentiriam com o mesmo prato. Isto se dá porque os escravos xingam, condenam suas próprias vidas, precisam achar um culpado para seus males.
Os reis sentem prazer nas pequenas coisas da vida, o que para um escravo é quase impossível sentir. Ainda mais na mesma intensidade e força. Vocês não percebem como os reis vivem sorrindo? Vivem felizes e qualquer mísera coisa já é um grande motivo para festa. Os escravos, quanto mais conseguem, mais insatisfeitos ficarão. Você pode dizer: “Eu quero uma bela casa!” Você pode ter. Um rei pode ter o que quiser, mas quando perceber que conquistou um sonho, sempre vai querer algo maior. Não porque não está satisfeito. É porque o rei vive para ação e para a conquista. Sabe que bens materiais também fazem parte de suas conquistas.
É claro que quando entramos em uma concessionária para tirar um importado zero é delicioso! O cheiro do carro novo, o roncar do motor. É um prazer imenso!
Chegará uma hora em que o escravo não mais conseguirá sentir prazer na vida, cairá na massa de conformismo.
Mais aí entra outro segredinho o que as pessoas precisam saber para não se afundarem em suas mágoas. Sabe onde fica a maior e inesgotável fonte de prazer? Como disse, no prazer da conquista. Se o escravo não perceber o quanto poderiam se beneficiar com isso, ele começará a nutrir um grande ódio ao ver alguém feliz, já que ele não consegue ter tudo que deseja, e não consegue ser feliz também. Aprenderão a tragar as alegrias alheias. TUDO NO UNIVERSO É UMA TROCA.
Um escravo egoísta é alguém mergulhado na infelicidade e de nada adiantará todas as suas conquistas. Um Rei traz felicidade, e quanto mais disso fizer, mais feliz ele será! E com isso, os escravos também são cuidados e quiçá poderão com esse contágio aprenderem a ser reis. Eu diria que a felicidade dos pequenos faz a felicidade dos reis. Porque se ficassem parados com todo o dinheiro, morreriam nas teias da infelicidade e então ao invés de reis, seriam escravos. O mundo todo deve prosperar!
Enquanto os escravos não souberem disso, eles sempre se sentirão injustiçados. Haverá crimes, seqüestros, corrupção, problemas sociais e descontentamentos. Enfim, a lei da ação e reação infalível.
Os Reis fazem descobertas e evoluem junto com a terra em que todos vivem. Eles trabalham para concretizar sonhos, eles descobrem e projetam felicidade com suas criações, não importa o que seja. E, um mundo só de escravos? Eles jamais teriam saído das cavernas. Equilíbrio é a palavra chave do universo. Sem ele, nada existe nada prospera. O egoísmo dos escravos de quererem ter tudo que foi pago e conquistado pelos reis, pago com alegria. O egoísmo dos escravos em não quererem se mover, e ainda assim acharem que devam ser pagos com o trabalho dos Reis. Os escravos servirão!
Não há distinções básicas entre nenhum ser humano. Mas, há distinções naquilo que os impelem para frente e naquilo que atravanca seu progresso e crescimento. O que é quase inalcançável para uns, é conquistado por outros, muitas vezes tendo nascido em condições mais precárias que esses. São essas pequenas coisas que distinguem os grandes seres, dos pequenos e reclusos em sua concha.
O que você quer ser? Um rei ou um escravo?
Amor é a lei, amor sob vontade
Amor é a lei, amor sob vontade
Fontes:
Marengo
E.I.E
Resenha de Paty Witch Maeve
Marengo
E.I.E
Resenha de Paty Witch Maeve
4 comentários:
Poxa..uma martelada para uns....e uma brisa suave nos ouvidos para outros...amei sua resenha..fantástica..simplesmente demais..por isso sou feliz em te ter como MESTRE...para um dia desfrutar do prazer de ser Rei.
Hoje ofereci as cores da minha paleta
A um amiga na sua dor
Ouvi seu choro ao meu ouvido
No fatalismo do desamor
Hoje o sono acordou-me
A nostalgia agitou suas asas cinzentas
Esqueci no acordar o ultimo abraço
E contei as nuvens que eram tantas
Bom fim de semana
Doce beijo
VronP,
Estou te preparando para o seu reinado. Quero um dia te coroar.
Vc não é um dos meus melhores Aprendizes, mas sei da sua dificuldade de tempo por isso passo a mão na sua cabeça... longo caminho à seguir e estarei sempre segurando sua mão para não cair.
Ósculos perfumados na palma de sua mão.
Profeta,
O que dizer de ti?
Simples... Minh'alma sorri com suas palavras, é um desses raros momentos em que a gente sabe direitinho o que é felicidade:
Aquele espaço rápido entre uma ansiedade e outra, em que tudo parece perfeito.
E é.
Em amplexos apertadinhos te ofereço meus ósculos mágicos.
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