Bem Vindos ao Meu Caldeirão !!!

EU SOU!!!
Sou a magia elemental contida neste corpo causal
Sou forma feminina condensada em partículas de pura emoção
Sou a essência mais antiga que o próprio pensamento
Sou inspiração, que chega de leve como a brisa do verão
Sou o ar que alimenta o fogo animal da mais louca paixão
Sou rainha de mim mesma, muito além das brumas do tempo
Sou o brilho dos olhos refletido no êxtase deste olhar
Sou chuva que refresca a terra árida e sem esperança
Sou o pensamento dos sentimentos sem razão
Sou energia que ascende além da forma

Sou o vapor da água cristalina, carregada pelas nuvens do céu
Sou tudo e não sou nada, pois me achei neste exato momento!!!

Paty Witch Maeve


sábado, 25 de fevereiro de 2012

Tuatha de Danann


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Os meios de comunicação estão cheios de notícias que só nos tornam mais inseguros e acabrunhados.

Por esta razão, resolvi voltar muito distante no tempo, a um período de nossa humanidade em que o mítico, o lendário e o histórico se confundem nas brumas do tempo e da consciência, em busca de paz para o coração.

Tratarei um tema que se mistura com a própria formação do povo celta:
a mitologia da formação da Irlanda.

Eles se dizem originários de um povo chamado Tuatha de Danann (o povo da deusa Danu). Eram provenientes da distante e mítica Hiperbórea, com quatro cidades principais: Falias, Gorias, Murias e Findias, nas quais aprendiam ciências e magia bem como, a aplicação prática de ambos os princípios por meio da instituição do que mais tarde viemos a conhecer por druidismo.

De cada uma dessas cidades mágicas os Tuatha Dé Danann trouxeram um tesouro:

- Falias: Lia Fáil, a "Pedra do Destino", onde eram coroados os reis da Irlanda. Era uma grande pedra em formato de coluna que simbolizava a própria Terra, cujo poder só era compreendido pelo verdadeiro Rei.

Lia Fáil, a "Pedra do Destino"

- Gorias: Gáe Assail, a "Lança de Assal", que seria de Lugh, e retornava a mão após ser lançada (associada ao elemento Fogo).

Gáe Assail, a "Lança de Assal"

- Murias: o Caldeirão de Dagda, chamadoo o "Inesgotável", recipiente que continha a água, fonte de toda a vida (protótipo do Graal).

Caldeirão de Dagda, o "Inesgotável"

- Findias: a espada inescapável de Nuadda (associada ao elemento Ar).

Findias: a espada de Nuadda

A Hiperbórea é um dos principais mitos europeus: um lugar de sabedoria e paz, origem mítica do primeiro homem branco, estabelecida em algum lugar do norte do mundo. Tratava-se de um paraíso mágico e melancólico cujo povo não teve outra solução que abandoná-lo e seguir para o Sul quando grandes cataclismos mudaram o eixo da Terra e transformaram o mundo alegre e fértil num charco árido e coberto de gelo.

De todo modo, a lenda nos conta que eles chegaram nas festividades de Beltane, em 1º de Maio. Existem várias versões para a sua chegada, inclusive que tenham vindo do céu. O denso nevoeiro que se seguiu à sua chegada pode ser por terem ateado fogo aos seus navios de modo que não tivessem como retornar.

A princípio, foram comparados a deuses.

Diz ainda que o denso nevoeiro era para que os Fir Bolgs (habitantes anteriores) não notassem a sua chegada e, as tempestades que se seguiram, era para que os nativos se mantivessem abrigados durante três longos dias.

Com o passar do tempo, os dois povos se encontraram, começando as disputas e combates que subjugaram os Fir Bolgs.

Os Tuatha de Danann governaram a Irlanda entre 1897 e 1700 AC.

Bress foi o primeiro rei dos Tuatha, seguido por Nuada e por Lugh. Bress encontrou dificuldades para governar porque o povo se encontrava faminto e os campos, desertos. Nuada combateu os Formorianos, povo ainda mais antigo que habitava as Ilhas Hébridas, morrendo numa das batalhas, da qual Lugh saiu como herói.

Dagda

Depois de Lugh, tivemos Dagda e seus três netos, quando ocorreu a invasão dos Milésios. Os combates que se seguiram trouxeram uma grande derrota para os Tuatha. O Milésios, no entanto, tinham grande admiração pelas habilidades dos Tuatha e permitiram que ficassem na Irlanda, desde que ocupassem os Mundos Subterrâneos, quando surge a lenda que se refere a eles como o povo das fadas, gnomos e duendes.

A chave deste povo estava em sua relação harmoniosa com os Quatro Princípios ou Elementos e a Natureza de forma integral e viva. As impressões que nos causaram estão fortemente inseridas em nosso subconsciente, uma vez que muitos de nós ainda cremos em fadas, gnomos e duendes, especialmente quando entramos em florestas mais densas.

Se os Tuatha de Danann correspondem a um panteão de deuses e deusas antigas, associados às forças telúricas e naturais ou se correspondem a um povo ou nação, pouco nos importa de fato, uma vez que nos legaram uma Arte de grande poder bem como, o amor à natureza como fonte inestimável de cura e transformação.

Quando nos aprofundamos deste panteão, encontramos deuses e deusas que se relacionam com a Natureza e o Universo através de uma harmonia estreita:

Dagda é mestre da magia e da música, possuindo a Harpa de Ouro.

Dagda

Lugh governa a ciência e a poesia, entre outras artes.

Lugh

Lyr, pai de todos os deuses, associado aos oceanos, é o mestre dos ardis e ilusões, portanto dos sonhos e da imaginação.

Lyr

Ogma também é associado à poesia, mas também à escrita oghâmica e às atividades espirituais.

Ogma

Brigit é a deusa da inspiração, poesia, da medicina e da metalurgia artística.

Brigit

Quando falamos de Arte Antiga, referimo-nos à mais antiga das religiões, aquela que através da ligação cardíaca com a Terra, o Sol e a Lua nos conecta com os deuses e deusas, bem como, com o centro do Universo.

Se ao menos conseguíssemos ligar o nosso coração à Terra através de alguma religião importante, com toda certeza, acabaríamos tendo notícias melhores na mídia.

Experimente começar por você.

Quem sabe não será abençoado por uma fada...

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