Bem Vindos ao Meu Caldeirão !!!

EU SOU!!!
Sou a magia elemental contida neste corpo causal
Sou forma feminina condensada em partículas de pura emoção
Sou a essência mais antiga que o próprio pensamento
Sou inspiração, que chega de leve como a brisa do verão
Sou o ar que alimenta o fogo animal da mais louca paixão
Sou rainha de mim mesma, muito além das brumas do tempo
Sou o brilho dos olhos refletido no êxtase deste olhar
Sou chuva que refresca a terra árida e sem esperança
Sou o pensamento dos sentimentos sem razão
Sou energia que ascende além da forma

Sou o vapor da água cristalina, carregada pelas nuvens do céu
Sou tudo e não sou nada, pois me achei neste exato momento!!!

Paty Witch Maeve


quinta-feira, 29 de abril de 2010

Deus Celtas Bel


O deus-pai da luz, cura e o Outro Mundo

Assim como Danu, Bel é uma das deidades mais antigas, com muitas contrapartes em outras culturas. Apartir do momento em que as tradições desenvolveram-se independentemente, determinar a verdadeira história de Bel tornar-se algo difícil. Em um resumo simples, Bel é o deus do Outro Mundo, talvez o marido de Danu, e portanto o pai titular das Tuatha Dé Dannan. Em algumas tradições, ele é chamado "o Pai dos Deuses e dos Homens". Bel, escrito também Bile, pode ser um deus-sol, e é ligado à cura, quentura, e luz. Ele também é um deus da morte, e acompanha as almas para o Outro Mundo, onde ele rege. Ele é o deus de Beltane (Bealtainne), ou "Os Fogos de Bel". Esta visão geral provavelmente é suficiente para a maioria dos Pagãos ou historiadores. A próxima seção deste texto é um estudo mais acadêmico. Aqueles que desejam estudar Bel em mais detalhe tem uma tarefa formidável. Por exemplo, há muitas outras denominações, nomes similares, e, possivelmente, deuses/heróis relacionados: Apollo, Balan (em Mallory), Balor, Be'al, Beil, Belatucadrus, Belenos, Belenus, Beli, Beli o Grande (Rei da Grã-Bretanha), Beli Mawr, Belinus, Bolur, Cunobelinus (Rei da Bretanha), Cymbelline (da peça de Shakespeare), Grannos, Grannus, Grian, Grianainech (Oghma), Heli (erro de transcrição na história de Geoffrey of Monmouth), Lugh, Moritasgus, Odin, Pelles. Um dos primeiros textos a serem considerados quando estudando Bel, é o do historiador Gaélico Keating, o qual escreveu o livro "Foras Feasa Ar Eirinn", do século 17. Alguns, tais como os historiadores Michael Dames e Peter Alderson Smith, acreditam que Keating elaborou o nome "Beil" (ou Bel) para explicar o festival de Bealtainne. Outros, incluindo a historiadora Caitlin Matthews em "The Elements of Celtic Tradition" (Os Elementos da Tradição Celta), usam os textos de Keating como material fonte. Desde que os textos de Keating foram utilizados como uma fonte primaria por muitos historiadores, a validade das conclusões destes historiadores dependerá na consideração da história de Keating como verdadeira. Realmente sabemos que César referiu-se ao equivalente Romano-Celta Gaulês do deus da cura, Apollo, como Belenus. Havia um templo de Belenus em Bordeaux, França. Sua face aparecia em muitas moedas Gaulesas. Seu portal em Londres (Portal de Belenos ou Portal de Bile) é conhecido hoje como Billingsgate. No norte da Grã-Bretanha, a arqueologista Miranda Green relata que as inscrições de Belatucadrus foram encontradas, e o nome significa "Fair Shining One" ou "Belo Brilhante", o qual é consistente com a lenda de que Bel é o deus da luz e cura, talvez até do próprio sol. Entretanto, Green também nota que Belatucadrus era associado com o deus da guerra Marte, e não Apollo. Ela relata que o deus sol Celta era Apollo Belenus na Gálica, norte da Itália, e Noricum (parte da Áustria). Entretanto, ela não mostra qualquer ligação com a história mitológica Irlandesa, particularmente com o deus Bile. Ainda mais confuso, Green registra a palavra Bile como significando "árvore sagrada" em Gaélico, embora ela não insinue qualquer ligação com o festival de Bealtainne. Em contraste, em "Celtic Gods, Celtic Goddesses" (Deuses Celtas, Deusas Celtas), R. J. Stewart verifica que o deus Romano-Celta Belenos era conhecido na Grã-Bretanha e Irlanda, apontando que a palavra "Bel" significa "luminoso" ou "brilhante". Entretanto, enquanto ele liga o deus Bel/Belenos com a Gálea e a Bretanha, ele adverte que este é um deus da luz, não inevitavelmente parte da adoração solar. Referências Druídicas sugerem que Bel é o deus responsável pela "centelha" (de luz, inteligência ou talvez energia) a qual resulta na criatividade. Isto é um paralelo ao deus Cristão, também chamado de "o Criador", embora a maioria dos Cristãos raramente ligam o nome ao seu significado literal. De acordo com Margot Alder em seu livro "Drawing Down the Moon", o Druida Isaac Bonewits refere-se a um deus, Be'al, o qual ele descreve como uma personificação masculina de Essência. Isto reflete no conceito de Keating de Beil ou Bel como um deus chefe ou deus-pai. Este é um paralelo estreito com Beli, também chamado de Beli o Grande e Beli Mawr, filho de Mynogian. Em "The Mabinogion", Beli é associado com a luz, e ele é o pai de Bran o Abençoado, e avô de Llud, a contraparte Britânica do Lugh Irlandês. De acordo com o historiador Druida Peter Barresford Ellis, este Beli é o mesmo do portal de Billingsgate em Londres; O portal de Lludd em Londres é chamado de Ludgate. Ligações a Bel na lenda e literatura podem ser em si mesmas um estudo. Por exemplo, em "Le Morte de Arthur" de Mallory, ambos Balin e Balan são ligados ao deus-sol, Belinus. A peça de Shakespeare "Cymbelline", também narra as tradições Britânicas e Galesas de Beli Mawr. Com tamanha confusa história e inumeráveis elementos nas tradições, Bel pode ser um candidato ideal para pesquisa, contato pessoal, e inclusão eclética como um deus - ou contraparte do grande Deus Hebraico ou Cristão - em adoração pessoal.
Fonte:

Livros utilizados para preparar este artigo, e recomendados para futura pesquisa:
Dicionary of Celtic Mythology, by Peter Barresford Ellis
Celtic Gods, Celtic Goddesses, por R. J. Stewart
W.B. Yeats and the Tribes of Danu, by Peter Barresford Ellis
Celtic Myth and Legend, by Mike Dixon-Kennedy
Dicionary of Celtic Myth and Legend, by Miranda J. Green
Mythic Ireland, by Michael Dames
Glamoury, by Steve Blamires
Celtic Mythology, by Ward Rutherford
Celtic Inheritance, by Peter Barresford Ellis
The Mabinogion
Drawing Down the Moon, by Margot Alder
The World of the Druids, by Miranda Green
The elements of: The Celtic Tradition, by Caitlin Matthews
Texto Original (c) 2001 FIONNABROOME.COM
Resenha de Paty Witch Maeve

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